The only thing we are certain of after all these years is the insufficiency of explanation.

29/06/06

Tens o dom...usa-o

Tu tens o dom. Tu tens a magia nas tuas mãos cada vez que pegas na caneta. Tu podes ser tudo o que queres enquanto escreves... por que não o és? Tu merece-lo! Usa essa magia. Usufrui dela. E depois diz-me qual é a sensação.
Nasceste assim? Já com essa primazia no que toca à escrita?
Se não, adoptas-te-a e crias-te-a muito bem...
Ensina-me. Quero saber como te sentes enquanto dizes o que pensas.

Queria tanto ser como tu. Ensina-me a ser assim: alegre, até depois das maiores desgraças; simples, até com as flores mais bonitas por perto; mágica, mesmo com a decadência ao teu lado.
A maneira como te soltas, como exprimes o que sentes é tão bela e tão sublime... não te deixes ir abaixo. Peço-te. Se não for por mim, ao menos que seja por ti.

beijar ou não? eis a questão.

Não. Não vais dizer que tudo o que sinto por ti é em vão. Não vais dizer não.




Sem inspiração, sem motivação. Sem nada. É assim que me sinto. Sem nada.

19/06/06

Esta saudade que mata...


Pensei que me controlasse. Enganei-me. O controlo que pensava ter foge de mim como alguém foge da morte.Não aguento esta sensação da saudade de te ver, de te sentir, de ao menos ficar radiante só por teres olhado no fundo dos meus olhos. Esta saudade que mata. Esta sensação esquisita de que nunca mais te voltarei a ter fere cá dentro, no profundo do meu ser, nas redondezas da minha mente, e no centro do coração.
Sim. Acho que sim. Acho que já posso dizer que este tipo de sentimento por alguém ultrapassa todos os outros e dá cabo de alguém. É isto que sinto por ti. Espero que algum dia venhas a sabe-lo. Procura dentro do teu ser e diz-me que também o sentes. Diz-me que estes profundos olhares, que estas profundas sensações de estar a ser perseguida, que estes profundos sorrisos são mútuos.

P.s.: A maneira como me exprimo está-se a tornar estranha até para mim. Peço desculpa. Saudade. É apenas isso. Saudade.

17/06/06

odeio-te


Não quero saber mais de ti.
Tenho um ódio profundo a ti.
Não quero saber mais do que pensas de mim ou do que eu faço.
Tenho uma vontade profunda de te dizer que não te suporto e que não te posso ver mais à frente.
Só que não posso dizer isto assim.
Tudo está agora a ir contra tudo aquilo que defendo, tudo aquilo em que acredito e todos aqueles principios que nunca abandonei.
Desculpa, mas de facto, acho que tens que o saber. Nem que seja indirectamente, apenas porque leste isto e tiraste as tuas conclusões.
Acho horrível ter de estar neste ponto, ter de estar nesta posição face ao que até proporcionavas. De facto, odeio-te. Vê se percebes agora.

11/06/06

Nem tudo é um mar de rosas


Todos os meus sonhos acabaram hoje. Todas aquelas esperanças de algo mais ocorrer pelos desvaneios da minha mente foram-se. Acabou tudo. Para mim, para ti, e para todos.
Não quero mais ouvir-te. Não quero mais falar para ti. Não quero mais sentir que estou a mais nesta vida que tomas de tua, só tua. Não suporto a ideia de achares que tudo para ti é mágico quando eu vejo que a magia não está lá. Pode até ter lá estado, mas no passado. No presente, a magia torna-se em esquinas sombrias e decadentes que, ao mínimo som, torna-se num vale escuro e misterioso. Não. Chega. Vê o que se passa à tua volta. Nem tudo é um mar de rosas.

02/06/06

Espreito pela janela


Há dias em que apenas me apetece sair de casa e gritar, saltar, voar, ser feliz!!Viajo e sinto-me bem, afinal, estou a sonhar.Ao menos isso. Sinto que é apenas isso que me importa agora. Tenho que aproveitar porque são nesses momentos qm que fazemos o que queremos sem qualquer restrição, sem qualquer tipo de proibição.
Por isso é que peço para não me criticares por isso. Não me desiludas. Não me acordes. É aí que me sinto bem e que sei quem realmente sou.
Aí vêm aqueles (dias) em que espreito pela janela. Olho para lá e vejo o que por lá passa. Parece tudo tão complicado. Não quero sair dali.
Então fico por casa. Fico por lá a contemplar as maravilhas que encontro. Viajo agora no som da música que encontro. Música que já por ali anda há muito. Intemporal. Perfeita.
É nestes dias que sei como vale a pena descubrir primeiro o que temos, e depois o que queremos.
Por isso te peço para não dizeres nada, tal como Pessoa fez:
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada.