The only thing we are certain of after all these years is the insufficiency of explanation.

10/02/06

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Para tentar evitar as perguntas assustadoras, os medos mais obscuros, as mentes mais perversas, os segredos mais intimos, a verdade mais nua e crua, a mentira como um hábito, fecho-me no vento que passa pelo meu cabelo. Sim. Ele range as portas do meu prédio que por sua vez estão abertas por causa das obras. De seguida, o vento desaparece mas a sua marca da rajada fica lá. Os corredores emitem sons que me assustam. Embora não esteja a viver esse momento, estou a relembrar. A relembrar. Lembro-me dos sentimentos, das emoções, dos medos e tudo o mais. Lembro-me do grito que le parece emitir. Assustador, deixa-me completamente paralisada. è horrível sentir o medo na pele mesmo pelas coisas mais comuns no nosso dia-a-dia. Sentir medo de que uma veia nos arrebente de repente no cérebro e entremos em coma. Sim. Medo de ter uma crise de asfixia psicológica e física ao mesmo tempo, e estar sozinha em casa sem ajuda. Talvez seja o melhor. Nunca gostei de mostrar a parte fraca, embora o faça muitas vezes. Era da maneira que morria com orgulho.
De repente, veio-se-me a ideia da vida, em oposição ao assunto anterior. É esquisito mas a verdade é que a ideia de me contradizer é altamente contagiante e ultramente maligna.


Mas sinto-me absolutamente louca e passada da cabeça. Acho que estou a perder o controlo em mim mesma e tenho medo disso.


1 comentário:

Rafaela disse...

Sarinha amiga... o texto tá lindo...mas não tenhas medo...apesar de por vezes tar fisicamente sozinha não ker dzr k ñ hj kem ñ pense em ti...prk mt gnt t adora....

um grand beijo...

rafaela